No último dia 16 de março foi realizado em Rio Verde de Mato Grosso o 1º Dia de Campo da Fazenda Cotta, localizada na região da Serra da Alegria, área pantaneira do município. O objetivo foi apresentar opções para intensificar a produção de bovinos pela melhoria das pastagens. O evento contou com mais de 100 participantes entre produtores e técnicos de Coxim, São Gabriel D’Oeste e Corumbá. Estavam presentes o secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Rio Verde José Armando Fonseca e Davi Balzan, engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura Municipal, o presidente do Sindicato Rural de Rio Verde de Mato Grosso, e o coordenador regional da Agraer, Ivan Macena.
O sistema de Pastejo Rotacionado Intensivo (PRI) foi a alternativa encontrada pelos técnicos, juntamente com o proprietário, para aumentar o suporte da fazenda e consequentemente a produtividade. O produtor, ao adquirir a propriedade, pensando em aumentar a produção, procurou a SEMADESC e propôs parceria para implantar e divulgar a tecnologia. A AGRAER foi acionada através do Centro de Pesquisas – CEPAER, que envolveu o escritório local da instituição em Rio Verde de Mato Grosso, que executou toda a operação com auxílio das demais entidades, inclusive a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do município.
O coordenador da Pecuária da Semadesc, Marivaldo Miranda participou do dia de campo
O médico veterinário e coordenador da COPEC (Coordenação de Pecuária) da SEMADESC, Marivaldo Miranda, apresentou os palestrantes do evento que teve a explanação do proprietário da fazenda, Alexandre Cotta, falando sobre o histórico da propriedade e apresentação de sua equipe. A seguir o veterinário e diretor executivo da ABPO Silvio Henrique Balbuino, discorreu sobre Produção de Carne Sustentável no Pantanal. E, seguida foi a vez zootecnista e pesquisador do Centro de Pesquisas CEPAER – AGRAER, Vitor Oliveira, que abordou o Manejo de Pastagens e finalmente o João Roberto Felipe, Zootecnista da AGRAER falou sobre Manejo e Perspectivas do PRI com capim Massai, sistema implantado em área de 50 Ha da fazenda.
Após as explanações, foi realizada visita a área, onde os participantes puderam verificar in loco toda a estrutura de piquetes e a disponibilidade de capim. A área está dividida em 7 piquetes de 7 hectares cada, cujo período de Pastejo é de 3 dias e consequentemente o Período de Descanso é de 18 dias. Todos puderam ver que a carga animal está em 5,2 U.A. (Unidade Animal), muito alta para qualquer pastagem no Pantanal e a área está suportando muito bem. Toda a área foi corrigida e adubada e que o manejo proposto pode variar conforme a época do ano.
Na avaliação do coordenador da Semadesc, o projeto mostrou-se viável e permitiu aumento significativo na capacidade de suporte da fazenda, bem como elevar o Índice de prenhez e melhoras no escore corporal das vacas de cria. “É possível aplicar no Pantanal esta tecnologia quando se tratar de terrenos bem drenados, apesar do baixo teor de matéria orgânica”, salientou Miranda.
Comunicação Semadesc
Fotos – Arquivo Pessoal
