#raulpresente: professora pede rigor em casos de abusos e relembra episódio de Raul (vídeo)

A professora Garça, da Secretaria de Esporte e Lazer de São Paulo e treinadora de capoeira de um grupo social em Diadema, pediu mais rigor nos casos de violência sexual contra crianças em todas as práticas desportivas e lazer, além de relembrar o caso emblemático de Raul Pablo Antunes de Brum, que tirou a própria vida após ser abusado por um professor de capoeira.

Esse caso aconteceu em Campo Grande e o acusado está respondendo por várias denúncias, mas ele segue em liberdade. Em março desde ano, deu início as audiências de instrução e julgamento, que contou com protestos na frente do Fórum de Campo Grande para pedir mais rigor nas punições nestes casos.

Em vídeo encaminhado para a reportagem, a professora se coloca contra toda e qualquer forma de violência sexual e enfatizou que as pessoas precisam se posicionar para evitar novos casos contra crianças e adolescentes.

“Venho me colocar contra toda forma de violência sexual, abuso sexual no meio da capoeira, das práticas esportivas, nos meios das práticas culturais e de lazer. A gente tem que se posicionar porque a impunidade ela mata e enquanto a gente permitir esse tipo de abuso, enquanto a gente se calar e não se posicionar, as pessoas elas vão continuar cometendo esses crimes”, disse a professora.

Ela também fez questão de relembrar o episódio de Raul, destacando a hashtag criada nas redes sociais para manifestar a indignação em relação ao caso envolvendo o jovem, que tirou a vida.

“Justiça por Raul, por todas as vítimas dessas violências e #raulpresente”.

Entenda o caso

O mestre de capoeira foi acusado de abuso e importunação sexual contra alunos, alguns menores de idade, em Campo Grande. Em novembro de 2020, Raul Pablo Antunes de Brum, 18 anos, e o primo, foram à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, denunciar as importunações sexuais do capoeirista.

Raul foi aluno do suspeito, quando ainda era menor de idade. Ele, inclusive, organizou protesto em frente à academia do criminoso, no mês seguinte à denúncia. Após o caso vir a tona, diversos outros alunos denunciaram o caso a polícia.

No entanto, em 1º de outubro de 2021, Raul foi encontrado morto no Parque das Nações Indígenas após não saber lidar com a impunidade do algoz e com a dor de sofrer os abusos. 

‘’Raul passou a se sentir injustiçado e menosprezado pela Justiça. Inseguro, isso o levou a tirar a própria vida. Ao todo são 13 vítimas sem resposta’’, desabafa um amigo.

Um pedido de prisão chegou a ser requisitada, porém, a Vara da Infância e Juventude de Campo Grande negou o pedido de prisão do suspeito, o que causou a revolta das vítimas.



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