O número de reclamações contra serviços prestados por planos de saúde – que está no ramo da Saúde Suplementar (o oposto de saúde pública) – aumenta a cada ano, no País e no Mato Grosso do Sul.
Conforme dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANSS, somente em janeiro e fevereiro deste ano, MS registrou média de 175 reclamações contra a cobertura assistencial médico hospitalar.
Em 2023, no mesmo período, a média do MS foi de 170 lamentações. Em 2022, o número cai para 129 e 88 em 2021. Ou seja, a reclamação só aumenta.
A Agência criou um índice que mede as reclamações, que é o IGR (Índice Geral de Reclamações) e, neste caso, os planos exclusivamente odontológicos ficam de fora. O IGR abrange reclamações passíveis de mediação que a ANNS recebe dos consumidores dos planos.
Foi destacado no painel que o IGR se refere às reclamações ‘’em andamento’’ e as classificadas como ‘’inativas’’, ‘’não procedentes’’ e ‘’Reparação Voluntária Eficaz’’.
Justiça
A insatisfação crescente dos beneficiários de planos de saúde sai da esfera administrativa e vai para a Justiça. Levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostra que, em Campo Grande, o número de ações contra os planos somam 128 este ano. Em todo o ano de 2023 foram registradas 1,5 mil processos no Poder Judiciário.
Ainda segundo Painel do CNJ, Campo Grande tem 6.090 processos pendentes para uma população de 916 mil habitantes. Sendo assim, o número de processos por mil habitantes é de 6,64. O dado se refere a ações coletivas e individuais.
Processos novos
Campo Grande tem, até o momento, 368 novas ações referentes a planos de saúde. Em 2020, houve um total de 3,19 mil; 2021 foram 3,58 mil; 2022 somaram 4,41 mil e 2023 totalizaram 5,37 mil.
MS
No MS, até o momento, são 767 novas ações na Justiça. O gráfico mostra que o número de ações novas em 2020 era de 6,16 mil. No ano seguinte foi de 7,2 mil, em 2022 somaram 9,5 mil e 2023 chegou ao montante de 12 mil.
