Reforma tributária: ao lado de Haddad, Tarcísio diz que concorda 95% com proposta e que SP será ‘parceiro’

Ministro da Fazenda e governador de São Paulo se reuniram na manhã desta quarta-feira (5), em Brasília. Segundo Tarcísio, faltam ajustes em ‘pontos fáceis’ no texto.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta quarta-feira (5) que concorda 95% com a proposta de reforma tributária do governo. A declaração foi ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião entre os dois em Brasília.

Tarcísio afirmou que o estado de São Paulo será “parceiro” na aprovação do texto, mas disse que faltam ajustes em “pontos fáceis”.

“Eu acho que tá muito fácil construir o entendimento. São Paulo vai ser um parceiro no debate, na aprovação da reforma tributária. Nós estamos aqui para isso para gerar convencimento. A gente sabe que a reforma tributária é extremamente importante para o Brasil. Eu diria que a alavanca que está faltando agora, para a gente ter um impulso, os pontos nossos são fáceis de ser ajustados”, disse.

Proposta de governadores

Na terça-feira (4), governadores apresentaram uma proposta de mudança no texto em tramitação no Congresso.

A reforma tributária prevê um a criação de um Conselho Deliberativo para fazer a repartição dos recursos recolhidos com a cobrança do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que vai unificar o ICMS (estadual) e o ISS (municipal).

A sugestão dos governadores é que o conselho seja dividido em duas instâncias: cada estado teria um voto; e as regiões também teriam influência sobre o destino dos recursos.

Na prática, isso reduziria o peso de regiões como Norte e Nordeste. As duas regiões possuem, juntas, 15 estados e, se decidissem votar de forma coordenada em um sistema com mesmo peso para todos os estados, teriam maioria para influenciar as decisões.

O governador de São Paulo defende que a sugestão seja incluída no texto da PEC, em vez de uma lei complementar.

Tarcísio também defendeu a ideia da criação de uma câmara de compensação, que ficaria responsável pela distribuição dos recursos, em vez do conselho. Mas disse que “não é um cavalo de batalha, [não] precisa ser assim”.

Nesse modelo, os recursos seriam arrecadados na origem em operações interestaduais, e a câmara faria a distribuição para os estados de destino.

“À medida em que a gente melhore a governança do conselho federativo, a gente pode partir para uma administração centralizada. Se a governança for pior, aí faz sentido a gente partir para a câmara de compensação”, disse.

  • Fonte: G1
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