‘Rei do Camarote’ do MS esconde vida de brigas e agressões contra filho em Campo Grande

Quem vê Aloisyo José Campelo Coutinho, 47 anos, a bordo de uma Mclaren de R$ 3 milhões pelas ruas de Campo Grande e em festas regadas a puro luxo, não imagina que a vida pessoal seja um inferno. Entre tantos processos, o empresário do ramo de postos de gasolina é acusado de bater e dar calote no próprio filho.

No site da Justiça há dois processos em que Aloisyo é acusado de agir contra o filho, o estudante universitário Luiz Henrique Cabus Coutinho, 24 anos. Um deles é por agressão e outro calote.

Em uma das ações movidas pelo filho, consta que o rapaz assinou procuração dando plenos poderes ao pai para vender ou comprar bens. Em julho de 2020, Aloisyo vendeu um carro Polo do filho, alegando que era para sanar problemas financeiros nos postos de gasolina do qual é dono. No entanto, o rapaz alega que o dinheiro nunca foi pago e por isso cobrou na Justiça.

Ainda segundo o processo, Luiz Henrique pediu revogação da procuração, mas, até o momento, não consta que o filho fora ressarcido pelo pai. Pelo contrário, a defesa de Luiz Henrique anotou que o pai tenta mostrar ao juiz do caso que o motivo da venda do veículo se deu porque o filho faria consumo excessivo de álcool e trafega pelas ruas em alta velocidade.

Os advogados de Luiz Henrique relacionaram uma série de matérias jornalísticas para evidenciar que é o pai que leva vida desregrada e com má conduta. Recortes de jornais lembram as vezes que Aloisyo foi preso por promover festas em plena pandemia da Covid-19 e pedidos de expulsão feitos por vizinhos no condomínio de luxo Damha III.

Aloisyo já foi preso por festança na pandemia (Foto: Repórter Top)

Agressão 

O Ministério Público Estadual denunciou o pai por agressão verbal e tapas e empurrões no jovem contra móveis da casa, deixando ferimentos leves. Em um trecho da ação, o MPE relata que o pai teria dito a Luiz Henrique:

”Deixe passar o fim de ano que eu vou te pegar em janeiro… eu sei o que você está fazendo, você vai ver”, ”em janeiro eu vou te pegar, eu sei o que você fez”, teria dito Coutinho ao filho. Ainda no processo, a defesa de Aloisyo diz que não há provas materiais nem testemunhais que foi ele que agrediu o filho.

Aloisyo bateu Mclaren de R$ 3 milhões em Campo Grande (Foto: Instagram e Repórter Top)

Golpe

A defesa de Luiz Henrique cita que o estudante fora vítima de uma farsa, onde o pai teria se aproximado dele com a intenção de vender uma propriedade rural que avô paterno, um idoso ricaço e que faleceu em 2015, exigiu que fosse dado para o neto.

Os advogados do estudante dizem que, em dado momento da vida, o pai, que fora figura distante, mas mesmo assim admirada quando Luiz Henrique era criança, se aproximou emocionalmente e financeiramente dele, que ainda era menor de idade. Os dois chegaram a morar juntos e o rapaz passou a usufruir de uma vida luxuosa, algo que não tinha experimentado antes.

”Mas, em verdade, estava evoluindo com a trama para a venda da propriedade… tanto que informou a uma empresa arrendatária do local, em 2016, que iria por o local à venda”, diz trecho do processo. O rapaz, dizem os advogados, em sua inocência assinou a venda da propriedade.

Ainda conforme a defesa de Luiz Henrique, o pai vendeu a propriedade por R$ 14,5 milhões.  agora o estudante pede o desfazimento do negócio e pede sua parte correspondente no negócio, que seria de R$ 9,7 milhões.

O processo está na fase das alegações finais, onde a defesa de Campelo cita que ele sempre manteve contato com o garoto e custeou todas as suas despesas. Porém o descreve como problemático.

”… adolescente difícil e habituado a caprichos, tanto que abandonou a faculdade, recusou-se a trabalhar, brigou com a tia idosa, entregou-se ao consumo desmedido de álcool, usou e bateu veículo alheio sem anuência do dono’’, diz um trecho do processo.

Além disso, Aloisyo  cita processo que o filho respondeu por violência doméstica contra uma namorada.

Entramos em contato com as defesas das duas partes e aguardamos retorno. O espaço está aberto para o autor e o réu.

Fonte

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