Vacinação contra a dengue está prestes a ser implementada pelo SUS no País e em 78 municípios do MS. No entanto, a imunização já está disponível na rede privada, ao custo médio de R$ 600 em clínicas de Campo Grande.
O TopMídiaNews consultou três clínicas de imunização e todas garantiram que a procura pelo imunizante ”Qdenga” teve aumento significativo desde o final do ano passado. A enfermeira Rakel Furtado, 36 anos, da Vaccini Clínica de Vacinação, justificou que o anúncio da vacinação pelo poder público fomenta a procura pelo imunizante na rede privada.
Ainda segundo Furtado, o imunizante é do Laboratório Takeda Pharma, do Japão, e é aprovado no Brasil para ser aplicado somente na faixa etária de 4 a 60 anos. É a mesma empresa que vai fornecer ao SUS.
”Fora dessa faixa não há estudos que confirmem a eficácia da vacina”, explicou a enfermeira. Ela detalhou que a imunização não é indicada em pessoas que fazem tratamento com imunossupressores porque o imunizante é de vírus vivo. Neste caso é preciso avaliação do médico do paciente e análise da médica responsável da clínica.
Preços
A proteção custa – preço de tabela – R$ 600 por dose na Clínica Vaccini, sendo que são necessárias duas doses em um intervalo de três meses (R$ 1.200). A enfermeira Rakel citou estudos recentes que mostram que não é necessário se imunizar novamente.
Na clínica Immune Life a vacinação custa R$ 595, mas há descontos caso seja por convênio (há valores diferentes à vista e parcelado). A empresa informou que somente imuniza pessoas de 4 a 60 anos e pode tomar quem teve ou não a doença.
A clínica Imunitá observou que os valores da vacina não podem ser divulgados. A empresa citou estudos clínicos da fabricante que mostram que o valor de eficácia global da vacina atingiu 80,2%, a partir de 30 dias das duas doses.
”Enquanto a eficácia contra as formas que requerem hospitalização é de 90,4%. Essa eficácia é considerada excelente”, divulgou a empresa.
SUS
Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação será restrita à faixa etária de 10 a 14 anos. O órgão selecionou regiões do País onde há maior incidência da doença. MS teve 78 cidades escolhidas entre 571 para receber a vacina, ou seja, é área crítica para a doença no Brasil.
A vacinação deve começar em fevereiro. O Ministério detalhou que a compra foi escassa em razão do laboratório não ter insumos para atender toda a demanda do País. Porém, as compras serão aumentadas gradativamente assim que o laboratório ofertar mais quantidades.
