Domingos Brazão é político conhecido no Estado do Rio de Janeiro e possui cargo de conselheiro vitalício no TRE-RJ. É irmão de outros dois políticos: Chiquinho Brazão e Pedro Brazão.
Em 1996, Domingos foi eleito vereador no Rio de Janeiro pelo PL. Em 1998, pela primeira vez, foi eleito deputado estadual pelo PTdoB do Rio de Janeiro.
Em 2000, também pelo PTdoB, foi candidato a prefeito da cidade do Rio de Janeiro, ficando na 8ª colocação com 36 858 votos.
Em 2002, já filiado pelo PMDB, foi reeleito ao cargo de deputado estadual.
Em 2006 foi reeleito pelo 3º mandato deputado estadual pelo Rio de Janeiro, com 73 263 votos. Reelegeu-se ao cargo na ALERJ, em 2010, pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com 91.774 votos, em meio a denúncias de compra de votos, chegando mesmo a ter seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) em 2010. Dias depois, porém, manteve-se no cargo graças a uma liminar concedida pelo então ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski.
Enquanto deputado na ALERJ, Brazão teve intensa contenda com a deputada Cidinha Campos, que entrou com representação no Conselho de Ética e outros órgãos contra Brazão, por ter realizado ofensas diretas. Nesse contexto, Cidinha Campos ressaltou que o deputado Brazão dizia ter mandado matar pessoas, ao que em resposta Brazão afirmou já ter matado uma pessoa, mas que havia sido absolvido pela justiça.
No pleito eleitoral de 2014, Domingos Brazão se candidatou a deputado pelo MDB, e declarou apoio à reeleição de Dilma Rousseff à presidência. Após ser reeleito para o 5º mandato de deputado para o período 2015-19, a ALERJ o elegeu, em abril de 2015 para ser um dos sete conselheiros vitalícios do TCE-RJ. Apenas os deputados Marcelo Freixo, Flávio Serafini, Eliomar Coelho e Doutor Julianelli votaram no servidor de carreira Ivy Nicolaevsky, enquanto Marcos Abrahão votou em si próprio.
No dia 23 de novembro de 2021, o STF rejeitou recurso da Procuradoria Geral da República e manteve uma liminar que permitiu a sua recondução ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
Assassinato de Marielle Franco
Em setembro de 2019, a procuradora-geral da República Raquel Dodge pediu ao Superior Tribunal de Justiça para “apurar indícios de autoria intelectual de Domingos Brazão” no assassinato da vereadora Marielle Franco, colocando o conselheiro afastado do TCE-RJ como o suspeito número um de ser o mandante da morte da vereadora. De acordo com a procuradora-geral, suspeitava-se que Brazão tivesse ligações com o Escritório do Crime. Dodge também solicitou a federalização do caso, com o caso passando a ser julgado pela Justiça Federal. Brazão negou envolvimento com a morte de Marielle.
Em janeiro de 2024, o ex-policial Ronnie Lessa firmou um acordo de delação com a Polícia Federal, afirmando que Domingos Brazão teria sido um dos mandantes e responsáveis pelo planejamento do atentado que resultou na morte da vereadora e de seu motorista. A razão para ele ter ordenado o assassinato seria vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual que presidiu a CPI das Milícias, de quem Marielle foi assessora.