Sem leitos e equipe, pacientes aguardam vaga em bancos e corredores no Hospital Regional (vídeo)

Com paciente em corredores e até em bancos devido à falta de leitos, pacientes denunciam descaso no atendimento médico no Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande. Segundo pacientes, há demora no atendimento por conta da lotação e poucos funcionários.

Imagem registrada nesta quinta-feira (28) mostra pacientes espalhados pelos corredores e bancos do hospital, a espera de um leito médico e atendimento da enfermagem. Segundo a acompanhante de um paciente, isso acontece há semanas por conta da lotação.

Além disso, outra reclamação apontada é a falta de insumos. Conforme a mulher, que preferiu não se identificar, quando há leitos, os pacientes se recuperam em camas sem lençol e cobertores. A falta de um atendimento adequado, afirma a acompanhante, seria a falta de profissionais na unidade hospitalar.

“Dezenas de pessoas internadas esperam um leito sentadas na cadeira, outras em macas nos corredores. Acompanhantes estão sem lugar. Não tem uma cadeira para sentar, não tem lençol, não tem coberta, não tem enfermeiros suficientes, nem médicos”, denuncia.

Acompanhando o pai que está internado para uma cirurgia oncológica, a mulher relata que, ao dar entrada no hospital, o pai precisou esperar por horas para receber o primeiro atendimento da equipe de enfermagem.

“Meu pai entrou a tarde e só foi medicado pela primeira vez quase 21h depois da própria médica ir à sala de enfermagem pedir urgência. É nítido que não há profissionais suficientes para atender a demanda”, conta.

O paciente também precisou aguardar algumas horas para conseguir um leito. Segundo a filha, isto apenas aconteceu rapidamente porque ele fará uma cirurgia e ganhou prioridade. “Mas o hospital continua lotado, com muitas pessoas nos corredores, também lotados, esperando circular vaga no quarto há dias”, relata.

“Meu pai está em categoria de emergência, mas quem não é emergência fica dias até semanas no corredor. É um problema recorrente aqui. Acompanho meu pai faz anos e os corredores sempre estão lotados, porém, agravou ultimamente a situação. Estão internando pacientes sentados em cadeiras comuns”, completa.

Ainda conforme ela, a equipe médica e de enfermagem faz “todo o possível” para prestar um bom atendimento, porém, a demanda de serviço é tão alta que se torna inviável para a pequena quantidade de médicos e enfermeiros. “Não tem enfermeiros suficientes para atender todos os pacientes. Os médicos prescrevem medicação, mas não tem enfermeira para aplicar”. 

“Elas fazem o que podem para atendem quem tá pior e quem dá, mas, infelizmente, com a falta de funcionários acabam não dando conta de atender toda a demanda no horário que a médica prescreve os remédios”.

“Eu reclamei e elas falaram que não tem equipes de enfermagem suficientes para subir o pessoal para os quartos. São poucos funcionários que atendem todos. É normal ouvir desabafo dos funcionários dizendo estarem sobrecarregados. Eles não dão conta de atender bem a todos, aí os pacientes brigam com eles e vira uma bagunça”, finaliza.

A reportagem questionou o hospital a respeitos das diversas denúncias e aguarda resposta.

 



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