Sem opção, paciente paga R$ 170 para voltar para casa em distrito de Nova Andradina (vídeo)

Moradora do distrito de Nova Casa Verde, a 57 km de Nova Andradina, expressou indignação após precisar retornar com um motorista de aplicativo do Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba com a filha acidentada, gastando R$ 170 na corrida. Distrito não possui hospital e município não disponibiliza transporte aos moradores.

Kelly relatou que a filha sofreu um pequeno acidente e foi atendida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que a transportou ao hospital em Nova Andradina. Após o atendimento, por volta das 21h, Kelly se viu sem opção de transporte para voltar ao distrito onde reside.

“Olha a hora que é, estou eu e minha filha, toda machucada. Isso é justo? Não é justo para a população de Casa Verde. Cadê o socorro que a gente tem lá?”, desabafou Kelly em vídeo divulgado pelo site local Nova News.

A publicação gerou uma onda de comentários e questionamentos de outros moradores do distrito. Uma residente no local indagou: “Entendo que deslocar uma ambulância não é tão viável. Mas e o suporte aos moradores de Casa Verde? Não tem um veículo na Saúde que poderia ajudar nestes casos?”.

Outro morador complementou: “O problema de Casa Verde é que só lembram de vir aqui para tirar foto e postar, ou quando vêm pedir voto, no mais somos completamente esquecidos e desassistidos”.

Procurado pela reportagem do Nova News, o secretário de Saúde, Luiz Eduardo, abordou o problema enfrentado pelos moradores de Casa Verde.

“É um problema seríssimo de Casa Verde, mas ambulância Samu e UTI são para urgência e emergência. Não tem como a ambulância ficar aqui na porta do Hospital Regional esperando o paciente ser liberado. Se acontece um atropelamento no Posto Gabrielly, por exemplo, e a ambulância está aqui aguardando, quem vai fazer o socorro lá em Casa Verde? É difícil. O problema de Casa Verde é transporte coletivo”, explicou.

O secretário também destacou as limitações de recursos humanos e logísticos da secretaria.

“Ambulância e carro baixo são a mesma coisa. Hoje, a saúde não tem como deixar um carro 24 horas no hospital. Eu não tenho plantão para carro à noite. Eu precisaria de pelo menos mais uns 20 motoristas na minha equipe para fazer essa rotatividade. Meu motorista que vai para Campo Grande de madrugada, volta à noite e no outro dia de madrugada ele tem que pegar o carro e ir para Campo Grande de novo. Hoje, a Secretaria de Saúde não tem equipe suficiente para esse serviço”, afirmou Luiz Eduardo.

Ele concluiu destacando a abrangência do atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde). “O SUS é para todos, então a paciente que mora a cinco quadras do hospital também deve ser atendida do mesmo jeito”, finalizou.

 



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