Mais uma grande agroindústria entra em atividade em Mato Grosso do Sul, dando seguimento ao processo de agroindustrialização para processamento das matérias-primas do Estado. O diretor de Novos Negócios e Planejamento Estratégico da Neomille, Renato Pretti, recebeu nessa sexta-feira (20) do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, e do diretor de Licenciamento e Fiscalização do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Luiz Mário Ferreira, a Licença de Operação que permite à empresa iniciar as atividades. O secretário executivo de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Rogério Beretta, também participou da reunião.
A Neomille é um empreendimento da CerradinhoBio, maior complexo produtor de bioenergia da América Latina, com unidades industriais em Chapadão do Céu (GO). A planta de Mato Grosso do Sul foi construída em Maracaju com investimento de R$ 1 bihão, voltada à produção de etanol de milho, além de óleo de milho, farelo para ração animal e energia. No período de obras foram empregadas mais de 2 mil pessoas e agora com a entrada em atividade serão gerados cerca de 200 empregos diretos e 600 indiretos, calcula Pretti.
O secretário Jaime Verruck disse que a intenção é fazer a inauguração oficial da planta em janeiro, com a presença do governador Eduardo Riedel, embora as atividades já possam iniciar imediatamente com a expedição da Licença de Operação. “Vamos terminar um trevo de acesso, que é um compromisso do Governo do Estado, já que hoje tem um trevo provisório lá.” A planta foi instalada na margem da rodovia MS-157, em uma área de 115 hectares.
Agilidade no licenciamento
Renato Pretti destacou a agilidade no processo de licenciamento por parte do Imasul, o que garantiu o cronograma das obras sem atraso e possibilitou a conclusão do empreendimento no prazo estipulado. A Licença de Instalação foi entregue em junho do ano passado e pouco mais de um ano após, já foi possível emitir a Licença de Operação. “Logo que saiu (a LI) a gente começou as obras e agora em outubro nós estamos finalizando a construção muito rápido, para entrar em operação até dezembro”, resumiu.
A partir das tratativas com o Governo do Estado e prosseguindo com a submissão do processo de licenciamento no órgão ambiental, tudo correu de maneira célere e com muita clareza e responsabilidade, destacou Pretti. “Desde o começo, quando nós decidimos investir aqui, ou estávamos avaliando o investimento aqui, fez toda a diferença essa tratativa do Estado conosco. E eu acho que consolidou, nesse primeiro momento, essa primeira etapa importante com a Licença de Operação. Então, acho que estamos super felizes com a condução desse processo.”
Luiz Mario Ferreira explicou que por ser um empreendimento novo, o órgão ambiental exige estudos de impactos futuros e determina parâmetros a serem seguidos para garantir a qualidade ambiental. “O Imasul passa essa responsabilidade para o empreendedor, dentro do Programa Básico Ambiental, que tem todos os monitoramentos da fauna, da flora, da emissão de efluentes na água, gases na atmosférica, do gerenciamento dos resíduos. O empreendimento vai fazer a gestão dessas emissões e o monitoramento e relatar ao Imasul periodicamente, em alguns casos a cada mês, ou cada três meses, para garantir que as emissões permaneçam nos parâmetros estabelecidos”, disse.
A Neomille entra em operação com processamento de 600 mil toneladas de milho e produção de aproximadamente 280 mil metros cúbicos de etanol/ano, na primeira fase. “E nós temos a previsão de, em breve, já iniciar o projeto da segunda fase que é de ampliação e nós vamos duplicar essa capacidade”, completou.
Dois momentos do histórico da Neomille em MS: reunião em julho de 2021 com o então governador Reinaldo Azambuja em que foi assinado Termo de Incentivo Fiscal e a entrega da Licença de Operação, em outubro de 2023, concretizando o projeto.