A Sesau (Secretaria municipal de Saúde Pública) negou negligência no atendimento de Anderson Moraes Alexandre, 27 anos, morto por infecção generalizada, na quarta-feira (14), em Campo Grande. Segundo a secretaria, paciente recebeu todo apoio possível na rede pública.
O rapaz estava internado no Hospital Regional depois de passar por cirurgia e não resistiu. A família suspeita de negligência no atendimento, já que o jovem procurou ajuda em CRS (Centro Regional de Saúde) e UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com fortes dores, três dias antes de morrer.
Em nota sobre o caso, a Sesau informa que em relação ao atendimento prestado nas unidades de saúde do município todo o suporte possível foi dado ao paciente. “No atendimento inicial não houve o diagnóstico de apendicite ou outra alteração, sendo o paciente estabilizado e recomendado alta com a administração de medicamentos”, diz a secretaria.
“Após o retorno, houve o diagnóstico sendo o paciente encaminhado para passar por tratamento complementar na unidade hospitalar”, continua.
O Hospital Regional não quis falar sobre o assunto, por sigio médico. “O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) conta com uma equipe médica e assistencial altamente qualificada, dedicada a oferecer a mais completa assistência. Este hospital preza pela privacidade de cada paciente, resguardada pelo princípio do sigilo médico”.
O caso
Segundo relato do pai, Geraldo Alexandre, 53 anos, a luta para salvar a vida do filho começou na segunda-feira (11), quando ele foi levado pela família ao CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Aero Rancho com fortes dores na barriga.
“Um atendimento simples, não diagnosticaram o que era e mandaram para casa”, conta o pai.
Na terça-feira, ainda com fortes dores, Anderson passou mal e caiu no banheiro de casa, sendo socorrido às pressas pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel) até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon. O rapaz passou por exames e constataram apendicite.
A vítima aguardou até a manhã do dia 13 vaga no Hospital Regional onde internou e passou por cirurgia no fim do dia. Na manhã da última quarta-feira, o hospital ligou informando sobre a morte do rapaz.
Para o pai, se o atendimento tivesse sido preciso ainda no primeiro dia, o filho poderia estar ao lado da família.