Sindicato processa JBS por suposto trabalho escravo de trabalhadores terceirizados em Sidrolândia

A JBS informou que vai apurar os fatos com as empresas terceirizadas e exigir que sejam cumpridas as regras trabalhistas

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindaves) está processando a JBS por submeter trabalhadores terceirizados a “condições degradantes”, incluindo também acusações de condições de trabalho “análogas à escravidão” em alguns dos casos. 

São pelo menos 76 trabalhadores terceirizados que atuam em Sidrolândia, interior do Estado, que acionaram o Sindicato para mover a ação civil pública nesta semana contra a Seara, marca de carnes de frango e suínos da JBS. Entre os funcionários, 15 trabalhadores indígenas, que atuavam como apanhadores de frango foram encontrados em situação análoga à escravidão, sem espaço adequado para refeições e fornecimento de água, itens de higiene pessoal e alimento. 

A JBS informou que vai apurar os fatos com as três empresas terceirizadas, que também são corrés no processo, e ainda afirmou que trabalha com “rígidos protocolos e controles em suas operações” e realiza vistorias técnicas nos locais, visando garantir que os fornecedores cumpram com as obrigações legais. 

O líder sindical Sergio Bolzan foi entrevistado pelo jornal Folha de São Paulo, e afirmou que os funcionários tinham turnos que duravam até 14 horas, incluindo a viagem de e para os aviários da região. O Sindaves também afirma no processo que os trabalhadores não tinham tempo suficiente para descanso e não receberam pagamento de adicional de insalubridade e todos os direitos após serem demitidos. 

O sindicato está pedindo R$ 400 mil em danos morais e existenciais por trabalhador, e requer também a participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) como “litisconsorte ativo”. 

Com informações Folha de São Paulo. 

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