O Lyon, da Ligue 1, planeja vender cerca de € 300 milhões (R$ 1,5 bilhão na cotação atual) em títulos e ações, referentes a ativos que o norte-americano John Textor, proprietário do clube, não considera essenciais. A informação é do jornal britânico Financial Times. Textor também é dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo.
A Eagle Football Holdings, de Textor, adquiriu o clube no ano passado por cerca de € 800 milhões, e está buscando “cortar ativos não essenciais para se concentrar no futebol”, uma vez que o Lyon é o penúltimo colocado do Campeonato Francês. Ao Financial Times, o empresário também disse que o Lyon tem “excesso de ativos físicos”.
Por esse motivo, o clube se prepara para vender uma participação de 40%, ou o controle total da Arena LDLC, que será o maior recinto multiuso para eventos fora de Paris, na França, com previsão de inauguração para novembro deste ano.
Além disso, Textor também colocou o time de futebol feminino OL Reign à venda, para evitar conflito de interesses. A proprietária do Washington Spirit, Michele Kang, já adquiriu uma participação no OL Reign, e ambos os clubes disputam a NWSL, a liga de futebol feminino dos Estados Unidos. O negócio é estimado em US$ 50 milhões. Apesar de o nome remeter ao Lyon, o OL Reign tem sede em Tacoma, no estado de Washington, nos Estados Unidos.
Parte dos fundos arrecadados devem ser investidos na reestruturação financeira do Lyon. Segundo Textor, o objetivo é refinanciar empréstimos existentes de “cerca de uma dúzia de bancos diferentes”.
IPO
Além das vendas, planos que estão no papel devem ser reformulados. A proposta de abrir o capital do clube por meio de uma empresa com propósito específico de aquisição (SPAC) foi cancelada.
Em vez disso, Textor planeja listar o Lyon, juntamente com suas outras participações no futebol dos EUA, em uma oferta pública inicial (IPO) no início do próximo ano.
O investidor espera colher resultados a curto e médio prazo. “Dê-me um ano e meio”, disse. “Nossa abordagem funcionou em outros mercados, veremos se funciona em Lyon”, concluiu.
