Sueco quebra recorde de Thiago Braz no salto com vara

Armand Duplantis fez história nos Jogos Olímpicos Paris 2024, no Stade de France, nesta segunda-feira (05). O sueco de 24 anos conquistou a medalha de ouro e se tornou bicampeão olímpico ao passar pelos 6 metros.

Ele saltou 6,10m para pulverizar o índice olímpico do brasileiro Thiago Braz na Rio 2016 e ainda renovou o próprio recorde mundial ao superar 6,25m, virando detentor das dez mais elevadas marcas da história da modalidade.

Duplantis venceu em Tóquio 2020 chegando a no máximo 6,02m, 1 centímetro a menos do que o recorde olímpico obtido por Thiago Braz no Rio de Janeiro (6,03m). Na edição passada das Olimpíadas, o brasileiro terminou com a medalha de bronze, saltando 5,87m, 10 centímetros abaixo do medalhista de prata, o norte-americano Christopher Nilsen (5,97m).

Quando garantiu a medalha de ouro em Tóquio, Duplantis ignorou o recorde de Thiago Braz de 6,03m e colocou o sarrafo em 6,19m para tentar superar a marca mundial dele próprio na época, de 6,18m, obtida em fevereiro de 2020. Ele não conseguiu passar e, por isso, os 6,03m do brasileiro se mantiveram como o recorde olímpico até Paris.

De lá para cá, o atleta sueco enfileirou outros cinco recordes sucessivos, chegando à marca de 6,24m em abril deste ano, na etapa da China da Diamond League. Com nove recordes de Duplantis acima dos 6,03m, o resultado desta segunda-feira era esperado.

O sueco conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris já ao saltar nos 6m, já o que o norte-americano Sam Kendricks parou nos 5,95m e não conseguiu chegar à marca de Duplantis. Na sequência, o atleta da Suécia colocou o sarrafo em 6,10m para superar Thiago Braz e passou facilmente, logo na primeira tentativa.

Duplantis não se deu por satisfeito e quis continuar fazendo história. Recordista histórico e com a marca olímpica que lhe restava já conquistada, o sueco colocou 6,25m como meta, para superar os 6,24m dele próprio. Ele errou os dois primeiros saltos, mas conseguiu passar o sarrafo na última tentativa, tornando-se o detentor dos dez maiores recordes mundiais da modalidade.

Um dos maiores nomes da história do atletismo brasileiro, com medalhas de ouro e bronze, Thiago Braz não conseguiu o índice para estar nos Jogos Olímpicos de Paris. Ele, que tem 6,03m como melhor marca da carreira, estava suspenso por causa de um caso de doping, mas conseguiu uma liminar para competir em busca do índice no Troféu Brasil, em São Paulo.

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