O homem que supostamente tentou raptar crianças em uma casa em Chapadão do Sul, a 331 quilômetros de Campo Grande, já sondava o local há algum tempo, afirma a mãe de uma das crianças. A família viveu momentos de terror na tarde desta terça-feira (5).
Mãe de uma das crianças, a mulher não quis se identificar, porém, relata que havia ido trabalhar e deixou a filha de 6 anos aos cuidados da irmã, na casa dos pais. Já nesse momento, a família percebeu a presença de um homem em um carro Corolla prata, estacionado próximo à casa.
Na residência, localizada no Residencial Esplanada, estavam inicialmente a irmã com os filhos, a menina de 6 anos e o avô. No entanto, sem perceberem o perigo, o avô saiu, deixando apenas a jovem e as crianças no local.
Aproveitando deste momento, o homem resolveu agir, afirma a mulher. O suspeito aparentava ter uns 50 anos, grisalho e alto.
“Esse cara parou então o carro aqui de frente a casa da minha mãe e ficou fazendo um gesto com a mão para minha menina de 6 anos, a chamando. A minha irmã, que estava na área com os filhos que brincavam, saiu para o lado de fora para olhar e viu o homem”, relata.
Com medo, a mulher correu com as crianças para dentro de casa. O homem, então, saiu do carro e começou a rodear a casa, atrás dos residentes.
“Ele ficava olhando na janela onde a minha irmã estava e começou a mandar ela calar a boca, colocando o dedo na boca, mandando ela ficar em silêncio”, explica a mulher.
Desesperada, a mulher saiu da janela. Nesse momento, o homem voltou ao carro e pegou uma arma. Ele então mostrou arma para a menina de 6 anos, a ameaçando.
“A minha irmã correu para dentro, quando ela correu, minha menina olhou pela janela. Ele entrou no carro, pegou uma arma e mostrou para minha menina”, afirma.
Nervosa, a mulher não conseguiu ligar para polícia, porém ligou à vizinha que foi ao local com outras pessoas. Quando os vizinhos chegaram, o homem ainda estava no local.
“A minha vizinha chegou e já foi em cima dele perguntando o que ele queria. Aí ele disse que estava procurando uma academia na rua, mas não achava, então resolveu parar para olhar se a encontrava. Ela então disse que não tinha academia no bairro”.
Só então, após acuado, o homem resolveu ir embora, explica a mãe. Porém, antes, ele ainda chegou a virar novamente para a mulher e colocou o dedo na boca, em um gesto de intimidação, mandando ela ficar quieta e não falar nada.
A denunciante enviou a fotografia do veículo que o suspeito estaria utilizando. Na mesma tarde, outra denúncia, relatando o mesmo fato, foi registrada na cidade.
As denúncias registradas na polícia foram informadas para as escolas antes da liberação dos alunos no final das aulas. Equipes da Polícia Militar realizaram buscas nas ruas da cidade na tentativa de encontrar suspeitos, porém, até o momento os militares não informaram sobre o resultado das diligências.