Três Lagoas ganha projeto de polinização com abelhas sem ferrão; entenda como funciona


A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA) continua inovando e apoiando ideias inovadoras no âmbito de Três Lagoas e, na última sexta-feira (11 de agosto), o setor participou do lançamento do Projeto “Polinizadores”.

Idealizado pela Cooperativa Regional de Apicultura e Meliponicultura de Mato Grosso do Sul (COOPERAMS) e apoiado pela Empresa Suzano e Governo do Estado, o projeto foi colocado em prática no bosque da sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde foram instalados 34 meliponários para abelhas sem ferrão, da espécie Jataí.

Conforme a coordenadora do projeto, Cristina Ramires Ferraz, o principal objetivo é promover o ciclo da polinização nas áreas arborizadas de Três Lagoas, a preservação e conscientização sobre as abelhas sem ferrão e educar a sociedade sobre a importância desta ação.

“Assim como os animais e aves nativas, as abelhas estão perdendo espaço de seu habitat natural com o desmatamento e a invasão do homem e máquinas nas florestas, fazendo com que migrem para as cidades. Com este projeto, podemos aproveitar locais com diversas espécies de árvores para que suas flores e frutos sejam polinizadas, as abelhas possam se multiplicar e, consequentemente, produzir o mel”, explicou.

O secretário da pasta, Mauro De Grandi, detalhou a parceria com a cooperativa e como a parceria tem desenvolvido a programação do projeto. “Antes de lançar, precisamos conscientizar a população sobre o que é. Antecipamos a educação ambiental sobre o tema para crianças das escolas do Município, a importância de preservar e ampliar os locais de instalação dos polinizadores, já que não causam risco de ataque, por não ter ferrão. A sociedade três-lagoense pode somar forças e entrar nesta parceria”, disse.

Mauro também falou sobre os riscos de vandalismo. “Já adiantamentos que, a abelha Jataí, por ser pequena, demora muito para produzir o mel, embora muito gostoso e saudável. Nesses meliponários, a expectativa é de que seja produzido 1 quilo de mel no prazo de até 13 meses. Pedimos a conscientização das pessoas para que não vandalizem ou estraguem estas casas, porque a quantidade será mínima e as abelhas terão que migrar para outro local, nos impedindo de vê-las trabalhando ao nosso redor”, completou.

GERAÇÃO DE RENDA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Além do meio ambiente, o projeto também beneficia as famílias carentes do Município. Os meliponários (caixas artesanais das abelhas) foram feitas pelas 34 famílias participantes do projeto, que em sistema de cooperativismo, serão remuneradas pelo trabalho, tornando possível uma geração de renda por meio das iniciativas ambientais.

NOVOS LOCAIS

Com o projeto iniciado, SEMEA, COOPERAMS e Suzano vão expandir a instalação dos meliponários para os prédios públicos da Prefeitura de Três Lagoas como o Viveiro Municipal, escolas, centros de educação infantil (CEI) e outros. Na ocasião, o secretário de Meio Ambiente alinhou a instalação das caixas no Parque Natural do Pombo.

Participaram do lançamento, os representantes da Empresa Suzano, Lorraine Souza e Jefferson Anthony de Oliveira; o coordenador regional da AGRAER, Celso Yamaguti; a diretora de agronegócio da SEMEA, Amanda Pivotto, o presidente da COOPERAMS, Claudio Ramires.



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