Under Armour tem queda de 96% nos lucros e anuncia reestruturação

A Under Armour anunciou, nesta quinta-feira (16), que colocará em prática um plano de reestruturação, diante da notícia de que seus lucros caíram 96% ano a ano, no quarto trimestre fiscal (encerrado no último mês de março). 

A receita total alcançada pela da marca de roupas e artigos esportivos caiu 5% no período analisado, em comparação ao mesmo trimestre de 2023, indo para US$ 1,3 bilhão (R$ 6,6 bilhões, pela cotação mais recente). Na América do Norte, a queda no faturamento foi de 10%, resultando em US$ 772 milhões. 

O lucro líquido da Under Armour no período foi de US$ 6,57 milhões, contra US$ 170,6 milhões no quarto trimestre fiscal de 2023. 

Considerando-se o ano fiscal completo, a receita da empresa caiu 3%, indo a US$ 5,7 bilhões, ao passo que o lucro líquido despencou 38%, ficando em US$ 232 milhões. 

Diante desse cenário ruim, o Conselho de Administração da Under Armour aprovou um plano de reestruturação.  

Em comunicado divulgado à imprensa, a empresa afirmou que o objetivo é “fortalecer e apoiar as eficiências financeiras e operacionais”. A estimativa é de que a reestruturação custará entre US$ 70 milhões e US$ 90 milhões e deverá resultar em demissões.  

Por enquanto, não foram divulgados números sobre quantos funcionários serão desligados. 

Em suas projeções para o ano fiscal de 2025, a marca já trabalha com uma redução percentual de dois dígitos em suas receitas, incluindo uma queda de 15% a 17% na América do Norte. 

A Under Armour atribuiu a queda no faturamento à estratégia de “redefinir significativamente este negócio”, após anos de atividades promocionais intensificadas, especialmente nas vendas diretas ao consumidor, além do declínio em seus negócios internacionais “devido a tendências macro de consumo mais conservadoras e ações para proteger a força construída pela marca”. 

Mudanças no alto comando 

Esse trimestre ruim foi seguido pelo retorno do fundador da Under Armour, Kevin Plank, ao cargo de CEO, em abril, substituindo Stephanie Linnartz, que havia permanecido nesse posto durante um ano. 

“Em meio a um ambiente de varejo desafiador no ano fiscal de 2024, que incluiu altos estoques e uma bateria consistente de promoções – demonstramos controle disciplinado de despesas e entregamos resultados alinhados com nossa perspectiva anterior. Também mantivemos um balanço forte, fechando o ano com uma sólida posição de caixa e níveis de estoque saudáveis”, disse Plank. 

De acordo com o executivo, a companhia estaria aproveitando “este momento crítico para tomar decisões proativas para construir um posicionamento premium para a marca”. 

“Nos próximos 18 meses, há uma oportunidade significativa de reconstituir a força da marca Under Armour por meio de alcançar mais, fazer menos e focar em nossos fundamentos principais: impulsionar a demanda por meio de melhores produtos e narrativas, executar jogadas mais inteligentes, como simplificar nosso modelo operacional e elevar nossa experiência do consumidor”, avaliou. 

A Under Armour já foi fornecedora de material esportivo do São Paulo, em um contrato iniciado em 2015 e que foi encerrado em 2018, em meio a uma série de controvérsias e denúncias que custaram o mandato do então presidente do Tricolor Carlos Miguel Aidar.  

Atualmente, as operações da marca no Brasil estão sob a gestão da Vulcabras, que também tem em seu portfólio a Olympikus e a Mizuno.  

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