'Vivo dia após dia': com lúpus e osteonecrose, jovem luta por tratamento médico em Campo Grande

Maria Eduarda, 22 anos, luta pela saúde há 8 anos. Diagnosticada com Lúpus, uma doença crônica e autoimune, a técnica de enfermagem precisou se afastar do serviço e, desde então, enfrenta diversos tratamentos e desafios na busca por uma melhor qualidade de vida.

Ela conta que, os primeiros desafios surgiram aos 14 anos, quando foi diagnosticada com hipertiroidismo, um problema hormonal na glândula da tireoide, localizada no pescoço. Para o tratamento da doença, com 15 anos ela realizou a remoção total da tireoide por meio de uma cirurgia.

Em seguida, aos 16 anos, ela apresentou hipocalcemia, uma condição em que o sangue apresenta uma quantidade insuficiente de cálcio. Ela fez o tratamento com medicações diretamente na veia, se recuperando.

Aparentemente bem, a luta pela saúde, no entanto, retornou com o início da pandemia, em 2019. “Quando entrou a pandemia, bem no início, eu peguei Covid-19. No pós-covid tive uma alopecia (queda de cabelo, sobrancelha e cílios), fiz exames e fui diagnosticada com lúpus”, conta.

Maria Eduarda iniciou o tratamento, se recuperou novamente, porém, em agosto de 2021, a avó dela acabou adoecendo. O problema familiar abalou Maria emocionalmente, provocando uma tosse crônica, que durou cerca de 20 dias.

“Devida à tosse, fiz teste de Covid, um ciclo com medicações para ver se eu tinha uma melhora, mas não tive. Após isso, fui internada e, na internação, fiz tomografia, revelando que eu estava com líquido no pulmão esquerdo”, relata.

Ela, então, precisou tomar fortes medicações para controlar a lúpus, ficou sete dias internada, chegou a receber alta, mas precisou voltar ao hospital devido às dores. “Eu sentia muita dor e fiquei muito inchada. Eu pesava 67 quilos, praticava esporte e, do dia para a noite, fiquei com 90 quilos”.

No hospital, recebeu o diagnóstico de fibromialgia, doença que causa dor generalizada e intensa nos músculos. Ela também desenvolveu vasculite (inflamação de vasos sanguíneos), Síndrome de Raynaud, um tumor de hipófise (glândula hormonal que fica na cabeça), problemas circulatórios, transtorno de ansiedade, depressão grave, transtorno bipolar e Síndrome de Cushing.

No último diagnóstico, ela descobriu uma osteonecrose nos dois lados do quadril. A doença não tem reversão e só pode ser tratada com prótese cirúrgica.

“Há pouco tempo comecei a sentir muita dor no quadril. Fiz ressonância e nos dois lados do quadril deu uma osteonecrose. Não posso operar agora por conta de toda descompensação e tem uma grande chance de perder a vida”.

Com tantos problemas médicos, Maria Eduarda não pode voltar a trabalhar. Por conta disso, atualmente, ela enfrenta também grades dificuldades financeiras, principalmente para comprar as medicações dos tratamentos.

“Ele não consigo comprar as minhas medicações. Tentei pela rede de saúde e não consegui. Agora, estou aqui vivendo dia após dia. Já tentei suicídio três vezes, mas estou aqui de pé firme e forte”.

Para ajudar nos custos do tratamento, Maria Eduarda realizou uma vaquinha virtual, na esperança de conseguir ajuda para cobertura de exames e medicamentos.

Quem puder ajudar, doações podem ser realizadas pelo link https://www.vakinha.com.br/4914204. Toda ajuda é importante para a melhora de Maria Eduarda.



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